quarta-feira, 10 de outubro de 2012

atividade orientada: fundindo culturas visuais


Takashi Murakami
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre (http://pt.wikipedia.org/wiki/Takashi_Murakami)


"Takashi Murakami (nascido em Tóquio) é um prolífico artista japonês contemporâneo cujo trabalho abrange tanto a pintura quando as mídias digitais.
Licenciou-se pela Universidade Nacional de Belas Artes e Música de Tóquio obtendo a graduação em Nihonga (pintura tradicional japonesa). Entrou no mundo da arte contemporânea em 1990 sob a tutela do artista Masato Nakamura. Em 1993 criou o seu alter ego Mr. DOB. Começou então a ser reconhecido dentro e fora do Japão pela sua particular síntese entre a arte tradicional e contemporânea japonesa e a arte pop norte-americana.
Ele cunhou o termo superflat, que descreve tanto a estética característica da tradição artística japonesa e a natureza do pós-guerra a cultura e a sociedade japonesa.
Superflat também é usado como um apelido para descrever o estilo de Murakami e de outros artistas japoneses que ele influenciou.
Conta com muitas exposições em variados locais de todo o mundo. Em maio de 2009 expôs no Museu Guggenheim Bilbau mas a sua exposição mais famosa foi no Palácio de Versalhes. A sua obra abarca múltiplas formas artísticas: o animé, pintura, escultura, desenho industrial e moda.
Em 2009 a revista TIME definiu-o como o mais influente representante da cultura japonesa contemporânea.
Em 2011 a empresa Google pediu a ele que fizesse um Google's Doodle para o solstício de inverno no hemisfério sul" (http://pt.wikipedia.org/wiki/Takashi_Murakami).

Algumas vezes Takashi Murakami é comparado como o novo Andy Warhol como um novo ícone da cultura pop Norte Americana. Ele estudou pintura tradicional japonesa e consegue fundir em seus trabalhos, sem nenhum preconceito  elementos da cultura popular e da cultura erudita.
Takashi Murakami mistura em seus trabalhos referencias da cultura do consumo e desenvolve suas produções artísticas em dois ateliers diferentes um em Tóquio e outro em Nova Iorque em unidades de produção em massa que ele denomina de Factory (fábrica).    
Diferente de Warhol que produzia seus trabalhos de ironizando a baixa cultura, se apropriando dos elementos da cultura pop e a deslocando para a alta cultura, Murakami se apropria da cultura popular e dialoga com elementos da cultura tradicional, ironizando e planificando ambas. 


Alias a separação entre alta baixa cultura faz parte de uma noção ocidental, pois no oriente é tanto considerado arte uma suiboku-ga do século XVI (pintura tradicional japonesa) quanto um bonsai, quanto o ato de fazer e servir  um chá. Uma pintura  japonesa do século XV fica lado a lado de um jogo de xícaras ou um quimono.

Esse artista produz desde estamparias de tecidos, bonecos de pelúcia, vídeos, camisetas, embalagens e pinturas. Ele planeja produzir uma série de figurinhas de chiclete de bola que serão vendidas a 6 reais cada permitindo que muitas pessoas, interessadas em seu trabalho tenham a oportunidade de  possuir um de suas obras.  
Ao fazer isso o artista ironiza o mercado de arte e subverte os conceitos de autoria e autenticidade ao informar que em se tratando de arte contemporânea o artista é muitas vezes um agenciador de ideias, pois como disse Marcel Duchamp: A arte é, antes de tudo, produção de pensamento.


Exemplo  quimono





Exemplo de suiboku-ga (pintura tradicional japonesa)
















                    












A partir desta leitura desenvolva a seguinte atividade e  poste aqui neste blog

1) produza uma narrativa visual com imagens de Takashi Murakami e Andy Warhol e poste aqui neste blog.





Oficina Artística CEMEPE


Abaixo apresento a transcrição de uma oficina pedagógica realizada no Centro Municipal de Estudo e Projetos Educacionais - Julieta Diniz, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais.

Se trata de uma oficina pedagógica realizada pelo NUPEA - Núcleo de Pesquisa em Ensino de Arte da Universidade Federal de Uberlândia para professores de Artes Visuais  da Rede Municipal de Ensino da cidade de Uberlândia. 
Ao final da transcrição eu apresento uma sugestão de atividade para você desenvolver.
Alexandre

Uberlândia, 02 de outubro de 2012.

Ajuda memória/Transcrição da oficina

As anotações abaixo transcritas foram enviadas por email pelo prof. Alexandre Pereira, com um pedido de solicitação para autorização de divulgação das imagens no seu blog -  http://atividadevisual.blogspot.com.br/


Primeiramente foi realizada uma proposta de leitura de imagem de modo expandido (extrapolando apenas a visão)             que envolveu outras sensações (tato, audição, paladar, olfato). Para isso foi montado uma instalação releitura a partir da obra da artista Claudia França (esterways).

Os participantes se dirigiam em pequenos grupos à sala onde foi montada a instalação/releitura e ao retornar comentaram sobre suas experiências individuais.


Ao retornarmos para a sala de formação as ministrantes pediram que cada um escrevessem em um pequeno papel três palavras que remetessem as sensações/percepções sobre a experiência: leveza, transparência, memória, liberdade, diversão, curiosidade, calma, vontade de cheirar, surpresa, ludicidade, estranheza, forro, escada, tubos, branco, branco, branco, tridimensionalidade, suavidade, tranquilidade, descanso, ausência, limpeza, colorido, divertido, gostoso, descoberta, potencialidade e monocromia, curiosidade, fadiga, improviso, ansiedade, descoberta, experiência, estranhamento, curiosidade, paz, Ester Paz, o grande cilindro branco, religiosidade, sutileza, Arte, foco, expectativa, receio, realização, toque, brancos, leveza, paz, harmonia, suavidade, busca, sensação de suavidade, expectativa, tédio, frio, branco, suavidade, conforto, emoção, conforto, desconforto, suavidade, sensação lúdica, paz, curiosidade, branco, sentir=tato, cheiro, texturas, imagens, doce, macio, áspero, repugnante, interessante, branco, doce, expectativa, sensação, prazer, admiração, dor, insegurança, sensibilidade, foco, relaxamento, tranquilidade, ansiedade, perfume.

As minhas palavras foram “colorido, divertido e gostoso” justifiquei que para mim a experiência de ser vendado e tocar em alguns objetos que estavam instaurados sobre uma mesa me remetiam a cores, mesmo sabendo que toda a instalação/releitura era branca.

Isso gerou algumas brincadeiras divertidas entre os participantes, pois ficou parecendo que eu tinha viajado muito. (risos).


A obra esterways  (clique nos links para ver e ler mais sobre essa obra) se constitui, por uma instalação com aspectos de site specific realizado na oficina cultural de Uberlândia. As imagens remetem a escadas que são construídas por meio de uma estrutura de trama leve, sob a qual, são dispostas placas brancas e/ou um plástico kitsch que lembra um delicado forro de mesa bordado que é disposto longitudinal configurando escadas sublimes. 


Veja os links com imagens abaixo

Entradas para uma atividade pedagógica a partir da análise da obra da artista


Foi pensado em “entradas” possíveis para esse trabalho.
As que consegui anotar foram:
              Texturas.
              João pé de feijão (uma professora disse que introduziria a obra, com suas crianças, a partir desse conto, lembrando que se trata de professores, em sua maioria que trabalham com educação infantil).
              Equilíbrio.
              Composição.
              Planos.
              Linhas.
              Tridimensionalidade.
              Desenho (Desenho no espaço/ desenho aéreo com barbante)
              Instalação.

  • Artistas que dialogam com este trabalho
              Escher
              Waltercio caldas

Eu lembrei, conquanto não falei, que “Ester Ways” me remetia ao trabalho do  artista brasilense Eliezer Sturm chamado de “o sonho de Jacó” que se tratava de uma vídeo instalação com televisores dispostos de modo escalonado com uma imagem sequenciada de uma pessoa descendo uma escada.







Também foi mostrada pelas palestrantes a pintura “nu descendo a escada” de Marcel Duchamp que ainda remete à configurações cubistas se caracterizando por uma ideia de movimento em vórtice.



 Lembro-me também das fotografias  Ascending Stairs (imagem ao lado)  e Descending stairs and turning around (imagem abaixo) ambas registradas entre os anos de 1884-85 por de Eadweard Muybridge que tinham um caráter experimental e foram realizadas ainda no Século XIX , nos primórdios do desenvolvimento da fotografia.
Descending stairs and turning around


Realização dos projetos artísticos 



Após o intervalo fomos direcionados pelas palestrantes a criar um trabalho (individual ou em grupo) a partir das discussões.

Foram pensados dois trabalhos que foram realizados coletivamente.
Após a realização dos mesmos circulamos entre eles “tecendo” comentários.

Participei da construção coletiva da montagem de uma grande “teia de aranha” que ficou pendurada no pé-direito do CEMEPE que se desdobrou na improvisação de uma performance.


Sobre esse trabalho, que o grupo de professores denominou por sugestão: por um fio - comentou – se algumas entradas, das quais, consegui anotar as seguintes:
  •                     Ambiente
  •                     Desenho
  •                    Performance



























O segundo trabalho, foi denominado, por sugestão do grupo por “armadilha suspensa”.
O mesmo foi realizado na convergência da rampa de acesso ao segundo andar do prédio.

Configurava-se em uma trama aleatória de linhas de algodão com palitos de churrasco pendurados com um fio de náilon.  


Discutiu-se que esse trabalho criava antagonismos poéticos em torno das ideias de tensão/suavidade, dramaticidade/leveza (esses em comparação ao trabalho “por um fio” e “armadilha suspensa”). 

E também as ideias de transparência e peso, leveza e agressividade, pelo fato do mesmo estar na convergência da rampa ficaram parecendo uma armadilha, devido a sutileza do trabalho, que poderia passar despercebido por alguma pessoa que poderia ser “pega de surpresa” pelo mesmo.

Comentou-se que este trabalho dialogava com a obra da artista Nazaré Pacheco.





Ao final do turno retornamos para a sala de formação e pude anotar os seguintes comentários:
Que os trabalhos podem ser pensados e serem realizados nas salas de aula ao se discutir ideias de desenho e coletividade.
Pois o trabalho coletivo envolve o respeito e a solidariedade, temas que estão em voga, porque dialogam com a questão da interculturalidade.
Abaixo transcrevemos os participantes de cada trabalho:

POR UM FIO 2012
Adriana Guarato Santos
Adriana Lúcia Pimentel Souza
Alexandre Adalberto Pereira
Aroldo José de Souza
Cristiane Cândida
Elenice Jeronima da Silva
Gustavo da Silva Oliveira
Ismar Paz da Silva
Patrícia da Silva

ARMADILHA SUSPENSA – 2012
Brígida Borges
Carmem Terezinha F. A. Lima
Maria Isabel Rosa
Maria Rosalina Souza Pereira Miguel
Mary Castro
Olaia Alves Cruvinel
Rozalvi Pereira

SEM NOME - 2012
Andrielle B. de Paula

PALAVRAS – 2012
Eliane de Fátima Vieira Tinoco

ACESSO AO ANDAR SUPERIOR – 2012
Flávio Henrique Amorim
Maria Leura Gonçalves
Mariza Barbosa de Oliveira
Osvanda M. F. Guerra
Rosângela de Ávila
Sérgio Naghettini
Sônia Maria Ferreira
Suêmis Rodrigues
Valéria Carrilho da Costa
Veridiana R. Carneiro

 Atividade:


Visite os links relacionados nesta postagem, veja as imagens da instalação Ester Ways de Cláudia França e pense em outras imagens que se relacionam com o trabalho desta artista e em seguida apresente as suas entradas para o desenvolvimento de aulas de artes.