quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ensino de arte como proposta de enfrentamento do racismo na escola

Outro tijolo no muro - Pink Floyd - Another Brick In The Wall

U

historia do ensino das artes visuais

modernidade e educação: somo todos idealistas

Modernos e tradicionais somos todos  idealistas pois a escola é a primeira e última instância da sociedade.
Idealistas e messiânicos buscamos a salvação pela educação.
Mimética e acrítica a escola não é apenas a moldura, é o quadro onde a sociedade está representada. 
Técnica e ciência a educação moderna modela a razão e ensina: Penso logo existo, raciocino, calculo, em detrimento do sou logo sinto, crio, experimento, invento, danço, significo...

A educação tradicional, parte do pressuposto de que representa mimeticamente a sociedade, portanto se exime da crítica - se ela é uma mímese da sociedade, por qual motivo a criticaria. E se fizer a crítica, como um feitiço mal feito, se voltaria para o feiticeiro.  
O modelo tradicional da educação é conformista, porque não reconhece o impacto dialético do conhecimento como uma construção social. - justificado pelo motivo da compreensão tradicional do conhecimento escolar que  é sintetizado em conteúdo, nomes, datas, formulas, cânones e repetições. 
Os sujeitos do conhecimento estão mortos nas prateleiras, moribundos na fila do hino nacional ou catatônicos na repetição da fórmula curricular previamente estabelecido.


O modelo tradicional de educação descaracteriza professores e alunos. Deixa claro os espaços sociais de cada um dos sujeitos educacionais e nos informam a pertença do conhecimento. Pressupõe-se que tanto os sujeitos do conhecimento, quanto a educação, por mais que não sejam, devem se esforçar para serem neutros. 



O currículo é um pacote fechado, propositivo, pesado, pronto, conta, regula e controla, sai das prateleiras da burocracia com regularidade, é entregue para professores e alunos carregarem ao longo do ano e ao final o lixo não será descartado, será reaproveitado,  com alguma sorte reciclado e retornará ainda mais decadente.
Entre reciclados de arestas aparadas e enfeitados de novo, prefiro o trauma dos escombros que me possibilita, na precariedade, expor a delicadeza arriscada da reinvenção plausível.

A educação, o ensino e o conhecimento não despertam desejos e paixões, ou ao menos elas não são reveladas, mesmo quando destruídas pelo ódio. O melhor  seria se a escola o ensino e a educação estivessem embriagadas de tesão. 
Mas as paixões mundanas não tem espaço no modelo tradicional. Altruísta a educação tradicional quer parecer moral e portanto, busca salvar o mundo, apascentar as ovelhas e os lobos, ensina, educa, orienta, guia e doutrina alunos e principalmente professores. 


A educação tradicional liberta pelo acumulo do conhecimento universal adquirido e por isso mesmo aprisiona pelo alijamento dos sujeitos da complexidade erótica do mundo social, onde as coisas tem pé, se sujam, respiram, passam fome, ostentam, negociam, brincam, brigam, roubam, doam, pedem, se atrevem, recuam, enfeitam-se e enfeiam-se.


Para o modelo tradicional da educação os sujeitos do conhecimento, transfigurados, desfigurados, sem identidade, cada um é apenas mais um tijolo no muro.

TEMPOS MODERNOS CHARLES CHAPLIN

Maquina de Ensinar