quinta-feira, 22 de novembro de 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

IMAGENS E IDENTIDADES: DIVERSIDADE SEXUAL NO ENSINO DE ARTE MULTICULTURAL

Artigo Apresentado por mim no 21º ANPAP 2012 - Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas. Ficha catalográfica abaixo. Também disponível no site do evento: http://www.anpap.org.br/anais/2012/pdf/simposio12/alexandre_pereira.pdf IMAGENS E IDENTIDADES DIVERSIDADE SEXUAL NO ENSINO DE ARTE.pdf Ficha Catalográfica CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CEH/B E56 Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (21.: 2012 : Rio de Janeiro) Anais do Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas [Recurso eletrônico] / Sheila Cabo Geraldo, Luiz Cláudio da Costa (organizadores). – Rio de Janeiro: ANPAP, 2012. 1 CD-ROM: 4 ¾ pol. ISSN 2175-8220 : (CD-ROM) ISSN 2175-8212 : (versão eletrônica) Encontro realizado nos dias 24 de setembro à 29 de setembro de 201, com o tema: "Vida e ficção: arte e fricção". 1. Artes plásticas – Rio de Janeiro - Congressos. 2. Artes plásticas – Pesquisa – Congressos. I. Geraldo, Sheila Cabo. II. Costa, Luiz Cláudio da. III. Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (Brasil). IV. Vida e ficção: arte e fricção. V. Título.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Cultura Visual no Ensino de Arte Contemporâneo: singularidades no trabalho com as imagens

A Cultura Visual no Ensino de Arte Contemporâneo: singularidades no trabalho com as imagens
Erinaldo Alves do Nascimento

Originalmente publicado na edição nº42, julho de 2006, do Boletim Arte na Escola

( http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=50)
Adaptação.

[...]
Estamos vivendo uma época de intensa proliferação do visual na qual se desenvolve, paulatina e continuamente, um processo de rechaçamento da “identidade como eu” e uma valorização da “identidade como nós”. Considero que o homo clausus [Expressa a compreensão de "homem no século XIX e início do Século XX para qual esse homem era fechado "
fechado em si mesmo” ou possuía uma personalidade "fechada”  Homo Clausus significa "homem fechado" ou "personalidade fechada" e era um entendimento de que o homem vivia independente das relações sociais e sua identidade era dada ao nascimento e não uma construção social, como compreendemos atualmente], cunhado por Norbert Elias como uma invenção da modernidade, esteja, aos poucos, sendo questionado, e é provável, caso essas propostas venham a ser efetivadas, que, no
lugar de um sujeito individualista, desponte um outro sujeito, mais aberto para, continuamente, questionar as interpretações sobre si, estranhando as noções familiares e os julgamentos sobre o outro, tentando tornar familiar o que parece ser estranho.

Em razão das condições de possibilidades mencionadas, que podem ser associadas a muitas outras, começa a repercutir, cada vez mais, as contribuições da cultura visual. No Congresso Internacional do INSEA (International Society for Education Trough Art), realizado em Viseu, Portugal, de 01 a 05 de maio de 2006, como registra o Boletim Arte na Escola, n. 41, a Cultura Visual foi o centro dos debates.

Por ser um campo de estudo e ensino ou, como prefiro chamar, uma perspectiva educacional em Artes Visuais ainda emergente – e considerando que não se preocupa em estabelecer fronteiras disciplinares e metodológicas – a cultura visual vem sendo alvo de várias interpretações, algumas delas contraditórias. Há, ainda,
muitas dúvidas sobre as distinções entre a cultura visual e outros referenciais de análise de imagens. O panorama fica mais complexo quando se sabe que há várias maneiras de interpretar a cultura visual. Faz-se necessário compreender que uma coisa é enxergar as imagens pertencendo à cultura visual de diferentes momentos históricos;
outra é trabalhar na educação formal e não-formal empregando tal perspectiva.

Alimento a suspeita que a cultura visual – sobretudo aquela que questiona as visualidades (o modo como vemos) e as imagens como portadoras de significados ou “suportes de verdades” – tem seu lastro em alguns dos princípios difundidos por Foucault  [...].

[Autor que] preocupa-se com o conjunto de discursos efetivamente pronunciados em diferentes épocas, modalidades de gêneros e suportes textuais. A atenção está voltada para o modo como o discurso, em suas diferentes materializações, afeta nossa maneira de pensar, ver, dizer e fazer no presente. 

A cultura visual, como o termo sugere, entende que as interpretações visuais têm uma cultura, as quais afetam tanto o processo de produção como o de recepção. As imagens são construídas a partir de um repertório cultural, forjado no passado, e que, no presente, fixam e disseminam modos de compreender historicamente construídos.

A seguir, alguns dos princípios extraídos da articulação entre a cultura visual e aperspectiva foucaultiana, com a finalidade de realçar as singularidades no modo de trabalhar com as imagens:

1 - O foco não é a biografia ou o sujeito como gênio – Foucault refuta o culto ao gênio e à personalidade do autor como origem autônoma e transcendental de um discurso. Ele compreende que os sujeitos são específicos e modelados por regras e convenções construídas historicamente. A cultura visual, seguindo tal perspectiva, não se centra nos(as) artistas ou em outros(as) profissionais produtores de imagens. A biografia só interessa quando ajuda a compreender as mudanças processadas na produção visual. A atenção se volta para
a produção visual em geral e como fixam e disseminam modos de ver, pensar, fazer e dizer. Se para Foucault o tema central é o discurso e a produção de sujeitos, pode-se afirmar que o foco principal da cultura visual é a visualidade, comumente entendida como interpretações visuais construídas historicamente pelos sujeitos em diferentes épocas. Trata-se dos regimes de enunciação visual ou os modos como
passamos a ver de determinada(s) maneira(s) e não de outra(s);

2 - Não hierarquiza a produção visual – a produção visual, quer seja a consagrada e encontrada em galerias e museus, ou a mais corriqueira, detectável em cartazes, revistas, jornais, outdoors, roupas, objetos, decorações, projetos arquitetônicos e sites, sofrem os efeitos do discurso vigente em cada época. A cultura visual não faz hierarquizações entre as chamadas “obras de arte” e outras
modalidades de produção visual. O interesse de quem trabalha com cultura visual está em como as imagens, independente de ser artística ou não, produzem e fixam modos historicamente construídos de ver, pensar, fazer e dizer. Em decorrência, o trabalho com as imagens na cultura visual é essencialmente comparativo, pois imagens, de diferentes épocas e contextos culturais, ajudam a demonstrar como
determinadas representações persistem no presente;

3 - Não recorre ao passado para fazer exibicionismos – a investigação do passado é útil para conhecer desde quando se passou a pensar, ver, fazer e dizer de um determinado modo e não de outro. Não pretende, como alude a metáfora de Nietzsche, que nos tornemos caranguejos: “olhando para trás e acabando por acreditar para trás”. É possível afirmar, transpondo o mesmo qualificativo atribuído
às pesquisas de Foucault, que a cultura visual recorre ao passado para fazer uma “história do presente”. Ela desconfia do passado e o usa para questionar o presente de modo a enxergar novas veredas em relação ao futuro imediato;

4 - Não separa teoria e prática – para Foucault, a prática não é entendida como uma aplicação da teoria, como uma conseqüência da teoria como campos estanques e compartimentados. Teoria e prática podem ser vistas como “as faces” de uma mesma moeda. A cultura visual, por conseguinte, também não separa teoria e prática por entender que o saber enseja um fazer e que o fazer desvela um saber;

5 - Não é essencialista e formalista – a cultura visual não se contenta com a análise da configuração dos elementos visuais como se tivessem verdades a serem extraídas ou identificadas. Não se satisfaz com descrições psicológicas ou gestálticas sobre o que se vê. O foco da cultura visual é a interpretação das interpretações. A cultura visual não procura extrair interpretações desconectadas de um sentido, mas
problematizar como tais interpretações tornaram-se e são capazes de serem depreendidas;

6 - Não é evolutiva e linear – embora a diferenciação entre passado e presente esteja presente, a cultura visual questiona o sistema de interpretação escatológica,milenar e idealista, cuja noção de continuidade, evolução e progresso busca desconstruir;

7 - Não comunga com qualquer concepção de educação e de
currículo
 – como a persistência do passado torna difícil pensar uma escola diferente, a cultura visual também pretende ser uma tentativa de reorganização do espaço, do tempo, da relação entre docentes e alunos e dos saberes a serem ensinados. Não entende o currículo como uma “grade curricular”, mas como qualquer lugar ou oportunidade na qual se constitui ou se transforma a experiência de si. O brincar no recreio, participar de assembléias, de festivais, assistir a filmes,
fazer visitas, ver imagens, tudo é visto como elementos integrantes do currículo;

8 - Não é condizente com qualquer procedimento educacional – ao usar o diálogo como elemento de criação e de questionamento, a cultura visual recorre, dentre outros procedimentos possíveis, aos projetos de trabalhos. São modos flexíveis e cooperativos de ensinar e aprender, cuja finalidade é questionar visões rígidas e inflexíveis da realidade;

9 - Não contradiz outros referenciais do ensino de Arte “pósmoderno” – a análise de imagens é o ponto de continuidade entre a abordagem triangular, o multiculturalismo e a cultura visual, que considero as principais propostas do chamado “ensino de arte pós-moderno” veiculados no Brasil. Não as
vejo como contraditórias, mas perspectivas diferentes de análises de imagens e concebidas para serem abertas e flexíveis.



Erinaldo Alves do Nascimento é Doutor em Artes (ECA-USP); Mestre em biblioteconomia (UFPB) e Graduado em Educação Artística (UFRN). Professor do Departamento de Artes Visuais (UFPB) e Assessor Pedagógico em Gestão Curricular da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes da Prefeitura de João Pessoa.
E-mail: katiery@terra.com.br.




A partir desta leitura desenvolva a seguinte atividade e  poste aqui neste blog


2) busque referências visuais (grafites, estamparias de tecido, murais, rótulos, capas de disco, revistas em quadrinhos e obras de arte hq's, etc) que apresentam diálogos interculturais que promovam uma reflexão crítica e poste aqui neste blog.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

atividade orientada: fundindo culturas visuais


Takashi Murakami
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre (http://pt.wikipedia.org/wiki/Takashi_Murakami)


"Takashi Murakami (nascido em Tóquio) é um prolífico artista japonês contemporâneo cujo trabalho abrange tanto a pintura quando as mídias digitais.
Licenciou-se pela Universidade Nacional de Belas Artes e Música de Tóquio obtendo a graduação em Nihonga (pintura tradicional japonesa). Entrou no mundo da arte contemporânea em 1990 sob a tutela do artista Masato Nakamura. Em 1993 criou o seu alter ego Mr. DOB. Começou então a ser reconhecido dentro e fora do Japão pela sua particular síntese entre a arte tradicional e contemporânea japonesa e a arte pop norte-americana.
Ele cunhou o termo superflat, que descreve tanto a estética característica da tradição artística japonesa e a natureza do pós-guerra a cultura e a sociedade japonesa.
Superflat também é usado como um apelido para descrever o estilo de Murakami e de outros artistas japoneses que ele influenciou.
Conta com muitas exposições em variados locais de todo o mundo. Em maio de 2009 expôs no Museu Guggenheim Bilbau mas a sua exposição mais famosa foi no Palácio de Versalhes. A sua obra abarca múltiplas formas artísticas: o animé, pintura, escultura, desenho industrial e moda.
Em 2009 a revista TIME definiu-o como o mais influente representante da cultura japonesa contemporânea.
Em 2011 a empresa Google pediu a ele que fizesse um Google's Doodle para o solstício de inverno no hemisfério sul" (http://pt.wikipedia.org/wiki/Takashi_Murakami).

Algumas vezes Takashi Murakami é comparado como o novo Andy Warhol como um novo ícone da cultura pop Norte Americana. Ele estudou pintura tradicional japonesa e consegue fundir em seus trabalhos, sem nenhum preconceito  elementos da cultura popular e da cultura erudita.
Takashi Murakami mistura em seus trabalhos referencias da cultura do consumo e desenvolve suas produções artísticas em dois ateliers diferentes um em Tóquio e outro em Nova Iorque em unidades de produção em massa que ele denomina de Factory (fábrica).    
Diferente de Warhol que produzia seus trabalhos de ironizando a baixa cultura, se apropriando dos elementos da cultura pop e a deslocando para a alta cultura, Murakami se apropria da cultura popular e dialoga com elementos da cultura tradicional, ironizando e planificando ambas. 


Alias a separação entre alta baixa cultura faz parte de uma noção ocidental, pois no oriente é tanto considerado arte uma suiboku-ga do século XVI (pintura tradicional japonesa) quanto um bonsai, quanto o ato de fazer e servir  um chá. Uma pintura  japonesa do século XV fica lado a lado de um jogo de xícaras ou um quimono.

Esse artista produz desde estamparias de tecidos, bonecos de pelúcia, vídeos, camisetas, embalagens e pinturas. Ele planeja produzir uma série de figurinhas de chiclete de bola que serão vendidas a 6 reais cada permitindo que muitas pessoas, interessadas em seu trabalho tenham a oportunidade de  possuir um de suas obras.  
Ao fazer isso o artista ironiza o mercado de arte e subverte os conceitos de autoria e autenticidade ao informar que em se tratando de arte contemporânea o artista é muitas vezes um agenciador de ideias, pois como disse Marcel Duchamp: A arte é, antes de tudo, produção de pensamento.


Exemplo  quimono





Exemplo de suiboku-ga (pintura tradicional japonesa)
















                    












A partir desta leitura desenvolva a seguinte atividade e  poste aqui neste blog

1) produza uma narrativa visual com imagens de Takashi Murakami e Andy Warhol e poste aqui neste blog.





Oficina Artística CEMEPE


Abaixo apresento a transcrição de uma oficina pedagógica realizada no Centro Municipal de Estudo e Projetos Educacionais - Julieta Diniz, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais.

Se trata de uma oficina pedagógica realizada pelo NUPEA - Núcleo de Pesquisa em Ensino de Arte da Universidade Federal de Uberlândia para professores de Artes Visuais  da Rede Municipal de Ensino da cidade de Uberlândia. 
Ao final da transcrição eu apresento uma sugestão de atividade para você desenvolver.
Alexandre

Uberlândia, 02 de outubro de 2012.

Ajuda memória/Transcrição da oficina

As anotações abaixo transcritas foram enviadas por email pelo prof. Alexandre Pereira, com um pedido de solicitação para autorização de divulgação das imagens no seu blog -  http://atividadevisual.blogspot.com.br/


Primeiramente foi realizada uma proposta de leitura de imagem de modo expandido (extrapolando apenas a visão)             que envolveu outras sensações (tato, audição, paladar, olfato). Para isso foi montado uma instalação releitura a partir da obra da artista Claudia França (esterways).

Os participantes se dirigiam em pequenos grupos à sala onde foi montada a instalação/releitura e ao retornar comentaram sobre suas experiências individuais.


Ao retornarmos para a sala de formação as ministrantes pediram que cada um escrevessem em um pequeno papel três palavras que remetessem as sensações/percepções sobre a experiência: leveza, transparência, memória, liberdade, diversão, curiosidade, calma, vontade de cheirar, surpresa, ludicidade, estranheza, forro, escada, tubos, branco, branco, branco, tridimensionalidade, suavidade, tranquilidade, descanso, ausência, limpeza, colorido, divertido, gostoso, descoberta, potencialidade e monocromia, curiosidade, fadiga, improviso, ansiedade, descoberta, experiência, estranhamento, curiosidade, paz, Ester Paz, o grande cilindro branco, religiosidade, sutileza, Arte, foco, expectativa, receio, realização, toque, brancos, leveza, paz, harmonia, suavidade, busca, sensação de suavidade, expectativa, tédio, frio, branco, suavidade, conforto, emoção, conforto, desconforto, suavidade, sensação lúdica, paz, curiosidade, branco, sentir=tato, cheiro, texturas, imagens, doce, macio, áspero, repugnante, interessante, branco, doce, expectativa, sensação, prazer, admiração, dor, insegurança, sensibilidade, foco, relaxamento, tranquilidade, ansiedade, perfume.

As minhas palavras foram “colorido, divertido e gostoso” justifiquei que para mim a experiência de ser vendado e tocar em alguns objetos que estavam instaurados sobre uma mesa me remetiam a cores, mesmo sabendo que toda a instalação/releitura era branca.

Isso gerou algumas brincadeiras divertidas entre os participantes, pois ficou parecendo que eu tinha viajado muito. (risos).


A obra esterways  (clique nos links para ver e ler mais sobre essa obra) se constitui, por uma instalação com aspectos de site specific realizado na oficina cultural de Uberlândia. As imagens remetem a escadas que são construídas por meio de uma estrutura de trama leve, sob a qual, são dispostas placas brancas e/ou um plástico kitsch que lembra um delicado forro de mesa bordado que é disposto longitudinal configurando escadas sublimes. 


Veja os links com imagens abaixo

Entradas para uma atividade pedagógica a partir da análise da obra da artista


Foi pensado em “entradas” possíveis para esse trabalho.
As que consegui anotar foram:
              Texturas.
              João pé de feijão (uma professora disse que introduziria a obra, com suas crianças, a partir desse conto, lembrando que se trata de professores, em sua maioria que trabalham com educação infantil).
              Equilíbrio.
              Composição.
              Planos.
              Linhas.
              Tridimensionalidade.
              Desenho (Desenho no espaço/ desenho aéreo com barbante)
              Instalação.

  • Artistas que dialogam com este trabalho
              Escher
              Waltercio caldas

Eu lembrei, conquanto não falei, que “Ester Ways” me remetia ao trabalho do  artista brasilense Eliezer Sturm chamado de “o sonho de Jacó” que se tratava de uma vídeo instalação com televisores dispostos de modo escalonado com uma imagem sequenciada de uma pessoa descendo uma escada.







Também foi mostrada pelas palestrantes a pintura “nu descendo a escada” de Marcel Duchamp que ainda remete à configurações cubistas se caracterizando por uma ideia de movimento em vórtice.



 Lembro-me também das fotografias  Ascending Stairs (imagem ao lado)  e Descending stairs and turning around (imagem abaixo) ambas registradas entre os anos de 1884-85 por de Eadweard Muybridge que tinham um caráter experimental e foram realizadas ainda no Século XIX , nos primórdios do desenvolvimento da fotografia.
Descending stairs and turning around


Realização dos projetos artísticos 



Após o intervalo fomos direcionados pelas palestrantes a criar um trabalho (individual ou em grupo) a partir das discussões.

Foram pensados dois trabalhos que foram realizados coletivamente.
Após a realização dos mesmos circulamos entre eles “tecendo” comentários.

Participei da construção coletiva da montagem de uma grande “teia de aranha” que ficou pendurada no pé-direito do CEMEPE que se desdobrou na improvisação de uma performance.


Sobre esse trabalho, que o grupo de professores denominou por sugestão: por um fio - comentou – se algumas entradas, das quais, consegui anotar as seguintes:
  •                     Ambiente
  •                     Desenho
  •                    Performance



























O segundo trabalho, foi denominado, por sugestão do grupo por “armadilha suspensa”.
O mesmo foi realizado na convergência da rampa de acesso ao segundo andar do prédio.

Configurava-se em uma trama aleatória de linhas de algodão com palitos de churrasco pendurados com um fio de náilon.  


Discutiu-se que esse trabalho criava antagonismos poéticos em torno das ideias de tensão/suavidade, dramaticidade/leveza (esses em comparação ao trabalho “por um fio” e “armadilha suspensa”). 

E também as ideias de transparência e peso, leveza e agressividade, pelo fato do mesmo estar na convergência da rampa ficaram parecendo uma armadilha, devido a sutileza do trabalho, que poderia passar despercebido por alguma pessoa que poderia ser “pega de surpresa” pelo mesmo.

Comentou-se que este trabalho dialogava com a obra da artista Nazaré Pacheco.





Ao final do turno retornamos para a sala de formação e pude anotar os seguintes comentários:
Que os trabalhos podem ser pensados e serem realizados nas salas de aula ao se discutir ideias de desenho e coletividade.
Pois o trabalho coletivo envolve o respeito e a solidariedade, temas que estão em voga, porque dialogam com a questão da interculturalidade.
Abaixo transcrevemos os participantes de cada trabalho:

POR UM FIO 2012
Adriana Guarato Santos
Adriana Lúcia Pimentel Souza
Alexandre Adalberto Pereira
Aroldo José de Souza
Cristiane Cândida
Elenice Jeronima da Silva
Gustavo da Silva Oliveira
Ismar Paz da Silva
Patrícia da Silva

ARMADILHA SUSPENSA – 2012
Brígida Borges
Carmem Terezinha F. A. Lima
Maria Isabel Rosa
Maria Rosalina Souza Pereira Miguel
Mary Castro
Olaia Alves Cruvinel
Rozalvi Pereira

SEM NOME - 2012
Andrielle B. de Paula

PALAVRAS – 2012
Eliane de Fátima Vieira Tinoco

ACESSO AO ANDAR SUPERIOR – 2012
Flávio Henrique Amorim
Maria Leura Gonçalves
Mariza Barbosa de Oliveira
Osvanda M. F. Guerra
Rosângela de Ávila
Sérgio Naghettini
Sônia Maria Ferreira
Suêmis Rodrigues
Valéria Carrilho da Costa
Veridiana R. Carneiro

 Atividade:


Visite os links relacionados nesta postagem, veja as imagens da instalação Ester Ways de Cláudia França e pense em outras imagens que se relacionam com o trabalho desta artista e em seguida apresente as suas entradas para o desenvolvimento de aulas de artes.